26 de fevereiro de 2009

U2 - No line on the horizon


Fica mesmo difícil de se entender o porquê o U2 usou Get on your boots como primeiro single do novo disco, No line on the horizon, depois de se ouvir as outras 10 faixas. Get on your boots é sofrível e não consegue mostrar a cara do sucessor de How to dismantle na atomic bomb, de 2004. O disco segue numa outra linha, na qual este single parece totalmente deslocado.

A primeira faixa do disco, homônima, traz o U2 que todos conhecem. Com guitarras, refrões e oh oh ohs fáceis de serem deglutidos. Magnificent está na mesma linha. Moments of surrender oferece a calma peculiar como algumas das músicas do U2 de outros discos. Porém, a diferença, é que anteriormente essas músicas eram as últimas do cd. Neste, ela é a terceira.

Unknown caller é uma boa música, assim como I'll go crazy if I don't go crazy tonight. Algumas influências ainda não tão usadas pela banda podem ser ouvidas em faixas como Stand up comedy e Breath, mesmo marcadas pela mais-que-conhecida guitarra de Edge. Fez – Being Born vai te dar a impressão de que você já a ouviu em algum outro disco da banda. Músicas como White as snow e Cedars of Lebanon são da linha zen.

Talvez o nome do disco queira fazer um trocadilho - nada engraçado... Este é o U2 fazendo o que eles fazem de melhor e por isso mesmo fonte de inspiração para muita banda, mas em um disco mediano, o que pode parecer uma contradição. Não é o melhor da extensa carreira, mas, putz, é (ainda) o U2 (!).

Assista aqui Get on your boots

Faixas:
1. No Line On The Horizon

2. Magnificent
3. Moment Of Surrender
4. Unknown Caller
5. I´ll Go Crazy If I Don´t Go Crazy Tonight
6. Get On Your Boots
7. Stand Up Comedy
8. FEZ-Being Born
9. White As Snow
10. Breathe
11. Cedars Of Lebanon


U2

Álbum: No line on the horizon
Gravadora: Universal
Ano de lançamento: 2009

18 de fevereiro de 2009

The Enemy - Music For The People

O The Enemy, aquela banda inglesa com letras expressivas, lança seu novo disco em 27 de abril. O álbum se chama Music for the people. A banda já revelou também o nome de algumas faixas. Estão inclusas Elephant Song, Don't Break The Red Tape e Sing When You're In Love/Sing When You're Out Of Love.

O primeiro disco, We'll live and die in these towns, de 2007, caiu direto na posição número 1 na semana de lançamento na Inglaterra. Pra se ter uma idéia, o álbum foi duas vezes ouro e uma vez platina. Nada mal para uma banda com tão pouco tempo de estrada!

O vocalista, Tom Clarke, categorizou o novo disco de sua banda como “big – very big”. Estamos a espera!



Música que dá nome ao primeiro disco


Segundo single do primeiro disco

9 de fevereiro de 2009

Grammy Winners List 2009

Alguém aí perdeu alguma coisa?
Então, confere aqui.

3 de fevereiro de 2009

Malajube - Labyrinthes

Para mostrar que realmente amadureceu, o Malajube lança o terceiro álbum, Labyrinthes, retirando de suas músicas boa parte da barulheira experimentalista presente nos seus antecessores, Le compte complet e Trompe-L'Oeil, de 2004 e 2006, respectivamente. O novo disco destes canadenses chega para dizer que a banda parou de fazer algazarra e se decidiu a encarar a música como um trabalho mais sério (não que antes não fosse). Sem, óbvio, perder a criatividade.

Labyrinthes soa mais maduro e mais bem produzido que os outros álbuns do Malajube. Mas deixa a sensação que antes as músicas eram mais alegres, não tão épicas. Isso pode ser ouvido em Christobald. Já Dragon de glasse dá inveja a qualquer banda que queira fazer refrões marcantes. Simplesmente pelo fato de que a melodia não desgruda de quem a ouve. Uma das melhores músicas do álbum e candidata certa a lista das melhores do ano, mesmo sendo começo de fevereiro.

Comparado aos dois álbuns anteriores, pode-se dizer que o Malajube passou de 220 volts para 110, mas sem perder a energia toda e muito menos sem perder a graça. Les collemboles tem a clássica parada estratégica para mudar de ritmo, lá pelos seus 2’45”. Prova de que uma das principais características da banda continuam inalteradas. Port disparu e Ursuline são outras duas que valem a pena serem ouvidas, mesmo por quem desanimou com a idéia de que a banda anda mais calma. Isto não quer dizer que tenha perdido em qualidade. A banda só ganhou mais idade e entrou na fase adulta. Talvez agora comece a rodar pelas rádios com (alguma) freqüência. Apostam-se as fichas em sacada do produtor...


Malajube
Álbum: Labyrinthes
Gravadora: Dare to Care
Ano de lançamento: 2009


Myspace
Facebook

2 de fevereiro de 2009

Saindo do forno: Malajube - Labyrinthes


Uma das bandas mais bacanas da atualidade no cenário indie mundial lança seu terceiro disco neste dia 10. Trata-se do Malajube, banda de Montreal, no Canadá. Já anda por aí a capa do novo cd, intitulado Labyrinthes. O primeiro é de 2004 e se chama Le compte complet. O último disco de inéditas da banda foi gravado em 2006 e se chama Trompe-L'Oeil. Pra quem não conhece o Malajube – e não sabe o que está perdendo – vão aqui alguns dos ingredientes desta delícia:

Com um som um pouco mais sujo que o da música do Sigur Rós, e mudando do finlandês para o francês, o Malajube é um dos indie rock mais interessantes que podem existir. Do cd, Trompe-L'Oeil, de 2006, destaque para a irreverência de Montréal -40°C, com sua letra nem um pouco puritana. Up no volume para o som à la The Dears, de La monogamie, para o toque do The Arcade Fire em Pâte Filo e para a gostosura de Casse-cou. Étienne d'Août lembra alguma rosa da vitória por aí.

O Malajube vai da euforia à fase instrospectiva em menos de 20 segundos na mesma música. Vale a pena! Mas só pra quem tem ouvidos apurados. Quem não ouve (e não gosta!) de violino, melodias que vêm à cabeça em dias de chuva e guitarras desalinhadas e alinhadas no mesmo disco vai odiar.

Faixas:
1. Ursuline
2. Porté disparu
3. Luna
4. Casablanca
5. 333
6. Les Collemboles
7. Hérésie
8. Dragon de glace
9. Le tout-puissant
10. Christobald

Malajube
Álbum: Labyrinthes
Gravadora: Dare to Care
Ano de lançamento: 2009



Já, já, o relise por aqui.

1 de fevereiro de 2009

Divulgadas atrações do Coachella


Ano que vem a gente chega lá!

Franz Ferdinand - Tonight


Há uma tensão grande quando uma banda grava um disco e ele é uma das coisas mais esperadas do ano. E o medo é basicamente porque se espera de uma boa banda que ela repita façanhas. No caso do Franz Ferdinand, que faça coisas tão extraordinárias quanto Take me out e The dark of the matinee, do primeiro disco, de 2004, que leva o nome da banda. Ou ainda, Walk away, por exemplo, do segundo álbum, You could have it so much better, de 2005. Porém, o FF deu uma bela descansada – diga-se de passagem quatro anos – e sai do armário com um disco como o prometido: repleto de novas experiências musicais. Porém, o que não torna o novo disco do FF uma obra prima é que um dos principais elementos que eles buscaram para incorporar neste disco é o que muitas bandas por aí já trouxeram antes ou estão trazendo aos montes: elementos eletrônicos.

Não se pode dizer que a banda escocesa deixou de lado sua principal característica. Não. A fúria do rock dançante, funkeado pelo baixo e ágil pela bateria continua. O novo componente, excessivamente empregado, é o sintetizador. Lucid dreams, por exemplo, parece que foi retirada de anos que não pertencem a esta década e Twilight Omens soa da mesma maneira. Se a pedida é sair mexendo o esqueleto, coloque No you girls.

O primeiro single de Tonight é Ulysses. A faixa não passa despercebida, mas não faz lembrar os antigos singles do FF. Ao cair no refrão, consegue sim oferecer uma saudade imensa aos fãs da banda. Consegue ainda fazer com que se faça paralelos com o Modest Mouse.

Se a intenção era com que o disco se parecesse mais noturno, a banda conseguiu. A começar pelo nome. Mas parece que toda a genialidade anterior foi esgotada nas milhares de reproduções de Take me out pelo mundo. Mesmo assim, continua bom demais de se ouvir. Dá a impressão de que o FF está experimentando diferentes épocas do rock. Parou para dançar nos anos 80. Ou será que sempre foi desta época?

Franz Ferdinand
Álbum: Tonight
Ano de Lançamento: 2009
Gravadora: Domino

Faixas:
1. Ulysses
2. Turn It On
3. No You Girls Never Know
4. Twilight Omens
5. Send Him Away
6. Live Alone
7. Bite Hard
8. What She Came For
9. Can't Stop Feeling
10. Lucid Dreams
11. Dream Again
12. Katherine Kiss Me

Update: O Franz Ferdinand estão com dificuldades em levar Lucid Dreams, canção do novo álbum Tonight: Franz Ferdinand , para o palco. Segundo o baterista Paul Thompson, em entrevista ao Digital Spy, a banda não tem a tecnologia necessária para tocar os três minutos mais dançáveis no final da canção.
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