Beirut - The Rip Tide

Beirut é daquelas bandas que se esperava muito em 2011. Primeiro por ter sido anunciado novo disco de estúdio para essa segunda metade do ano, depois de anos só com EP. Segundo por ter feito um belo single para esse trabalho, East Harlem, o que aumentava ainda mais as expectativas em torno do sucessor de The Flying Club Cup, de lá de 2007.

No novo material, The Rip Tide, composto somente de 9 faixas, a banda vem exagerada. Naquilo que faz de melhor. E isso não é de todo bom. Parece pesar, ou utilizar em momentos inapropriados, a mão na melancolia, nos instrumentos de sopro e noutros que lhe são clássicos. A impressão que se tem é que o som se tornou mais do mesmo. Não é imperial se trazer novidade, mas é útil que se mostre algo em que o ouvinte possa se amarrar ao ouvir. Isso ocorreu no single, que é uma música digna de vários replays. O detalhe é que ela remete a um Beirut antigo, já que foi composta por Zach Condon aos 17 anos. O restante do disco, com exceção de Goshen, lado B de East Harlem, e Santa Fe, deixa com a sensação incômoda de “já ouvi algo parecido, mas melhor, antes”.

Talvez a questão toda tenha sido a expectativa. Ou ainda a capa do disco, que é linda. Talvez você vá querer ouvir novamente Port of Call, A Candle’s Fire e Santa Fe. Mas é difícil saber se isso segura o disco todo. Talvez você nem chegue a ouvir The Peacock. Se bem que a pior ficou por último mesmo.

Beirut - Santa Fe

Faixas:
1. A Candle's Fire
2. Santa Fe
3. East Harlem
4. Goshen
5. Payne's Bay
6. The Rip Tide
7. Vagabond
8. The Peacock
9. Port of Call

Beirut
Álbum: The Rip Tide
Gravadora: Pompeii Records
Ano de lançamento: 2011