17 de junho de 2008

Coldplay - Viva La Vida


E eis que voltam ao playlist de ipods os ingleses do Coldplay. O último disco, de 2005, X & Y, não recebeu boas críticas. O chamaram de fraco, sem criatividade, sem cor, mesmo com desenhos coloridas na capa. Pra quem gosta de ouvir um disco do começo ao fim, o X & Y é excelente. Não precisa passar faixas, tudo veio macio, fácil de tragar.

Com o lançamento de Viva la Vida or Death and All His Friends, a coisa muda de figura. Ao se analisar a sonoridade do novo álbum, se nota que a banda andou esses últimos três anos escutando muita coisa diferente. As provas são músicas como Life in technicolor, faixa com 2’28” de instrumental. A faixa tem um quê de New Order, assim como Lovers in Japan/ Reign of love dá uma amostra de que Chris Martin se inspirou nas canções do Arcade Fire. Quando a música vai pro breakdown, lembra Sufjan Stevens.

Yes é uma música realmente legal de se ouvir. Os violinos dão graça e fazem parecer música de dança do ventre. E também não tem tanto falsete. Viva la Vida com certeza vai ser uma música esperada nos shows, quando todo mundo vai sair cantando junto o “oh oh oh oh oh” do fim. Linda demais!

O disco é um compilado de músicas bem produzidas. E já vem com pretensão, mesmo que implícita. Parece mesmo que o Coldplay se encaminha como o novo U2, que tem sempre um punhado de músicas legais num mesmo disco. Essas dez músicas do novo cd mostram um Coldplay menos previsível, embora cada vez menos alternativo, se é que isso é um conceito em que o grupo se encaixa(va). Parece que vem para agradar gregos e troianos.

Strawberry sing traz de volta o som à la U2. Mas ninguém tá mais nem aí pra isso. O primeiro single, Violet Hill, é difícil de entender a primeira ouvida. E continua sendo o ovo fora do cesto, no meio do disco. (Tem até solo de guitarra!) Lost tem uma letra adolescente, mas é garantia de coro pra galera meio bêbada no fim da festa. “And I'm just waiting till the shine wears off”. Espero passar o começo da faixa que dá nome ao álbum e me delicio com o piano.

Cemeteries of London é a primeira e não tenho comentário a fazer sobre e 42 é um nome muito bom pra uma música que começa triste e acaba como uma das melhores do disco.

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