3 de fevereiro de 2009

Malajube - Labyrinthes

Para mostrar que realmente amadureceu, o Malajube lança o terceiro álbum, Labyrinthes, retirando de suas músicas boa parte da barulheira experimentalista presente nos seus antecessores, Le compte complet e Trompe-L'Oeil, de 2004 e 2006, respectivamente. O novo disco destes canadenses chega para dizer que a banda parou de fazer algazarra e se decidiu a encarar a música como um trabalho mais sério (não que antes não fosse). Sem, óbvio, perder a criatividade.

Labyrinthes soa mais maduro e mais bem produzido que os outros álbuns do Malajube. Mas deixa a sensação que antes as músicas eram mais alegres, não tão épicas. Isso pode ser ouvido em Christobald. Já Dragon de glasse dá inveja a qualquer banda que queira fazer refrões marcantes. Simplesmente pelo fato de que a melodia não desgruda de quem a ouve. Uma das melhores músicas do álbum e candidata certa a lista das melhores do ano, mesmo sendo começo de fevereiro.

Comparado aos dois álbuns anteriores, pode-se dizer que o Malajube passou de 220 volts para 110, mas sem perder a energia toda e muito menos sem perder a graça. Les collemboles tem a clássica parada estratégica para mudar de ritmo, lá pelos seus 2’45”. Prova de que uma das principais características da banda continuam inalteradas. Port disparu e Ursuline são outras duas que valem a pena serem ouvidas, mesmo por quem desanimou com a idéia de que a banda anda mais calma. Isto não quer dizer que tenha perdido em qualidade. A banda só ganhou mais idade e entrou na fase adulta. Talvez agora comece a rodar pelas rádios com (alguma) freqüência. Apostam-se as fichas em sacada do produtor...


Malajube
Álbum: Labyrinthes
Gravadora: Dare to Care
Ano de lançamento: 2009


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Um comentário:

  1. É bem por aí, mesmo.
    Em 110 a banda não choca, mas deixa ligado.
    Show de palheta!

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